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Ajuda RS: GT inicia trabalho de acolhimento e diagnóstico com as 35 pessoas que tiveram suas casas alagadas

Ajuda RS: GT inicia trabalho de acolhimento e diagnóstico com as 35 pessoas que tiveram suas casas alagadas

Nos primeiros dias da crise climática e social que abalou o RS, estagiários, servidores e terceirizados do MPF começaram a ser mapeados e assistidos pelo GT, com apoio de integrantes do MPF em todo o país. Recursos advindos da campanha SOS Enchentes (promovida pela PR/RS) e da Comissão de Projetos de Ação e Educação Social (PRR4) permitiram que servidores voluntários levassem aos colegas desalojados água, alimentos, colchões, roupas e valores em dinheiro para despesas urgentes, na medida de suas necessidades.

Os colegas afetados também vêm recebendo apoio médico e psicológico prestado pelos gabinetes médicos da PR/RS e da PRR4, pelo setor de Acompanhamento Funcional da PR/RS e pela Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SSI-Saúde). A partir desta semana, todos serão entrevistados individualmente pelo GT para que sejam intensificados a escuta, o acolhimento e o diagnóstico das necessidades.

Diagnóstico e orientação

Para cada pessoa, o GT vai elaborar um relatório, que indicará suas percepções, desejos e necessidades, expressos em seus próprios termos. Nesse processo, o grupo será auxiliado por voluntários: uma arquiteta se dispôs a visitar e orientar moradores nas casas em que forem identificadas situações mais graves. Também um arquiteto professor da UFRGS e um engenheiro especialista em sustentabilidade estarão disponíveis para orientações gerais.

O GT também está auxiliando as pessoas atingidas com orientações sobre saúde e cadastro nos programas municipais, estaduais e federais de assistência social para habilitarem-se aos benefícios a que têm direito. O MPF, inclusive, acompanha os procedimentos dos municípios para cadastro dos beneficiários do Auxílio Reconstrução no RS. Foram solicitadas informações sobre o cadastramento de beneficiários para o recebimento do auxílio aos prefeitos dos municípios gaúchos de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Pelotas.

Naureci

“Eu praticamente tive perda total do que tinha dentro da minha casa. Saí com a roupa do corpo e meus três cachorros. E a volta agora, como vai ser?”

Quem pergunta é Naureci Souto Lopes, que há anos trabalha na equipe responsável pela limpeza da Procuradoria da República do Rio Grande do Sul (PR/RS). Ela, que gravou depoimento em vídeo para agradecer o apoio recebido até o momento, é uma das 35 pessoas que trabalham no MPF e tiveram suas casas alagadas. Elas vêm sendo assistidas, desde o início de maio, pelo Gabinete Institucional de Enfrentamento à Crise, composto por membros e servidores da PR/RS, da PRR4 e da PR/SC.

Para responder à pergunta de Naureci, o Gabinete constituiu o GT Acolhimento e Diagnóstico de Danos Locais. “Passada a fase emergencial, para garantir teto, cama, roupas e comida aos desalojados, agora que as águas baixaram em muitos locais, estamos organizando a escuta qualificada das pessoas afetadas e a visita às residências para podermos definir a forma mais justa de distribuição dos recursos”, afirma a procuradora regional da República Daniele Escobar (PRR4), coordenadora do Gabinete.

Equipe

Fazem parte do GT a procuradora da República Andreia Agostini e as servidoras Ana Cristina Goulart Lopes, Lisandra Spiazzi Berleze, Lisane Cristina Fontoura Berlato e Manuela Francalacci Nedeff, da PR/RS; Sandra Folchini, da PRR4; Cléria Nunes e Cynthia de Moura Orengo, da PR/SC; e Patrícia Cristina Alves da Silva, assistente social vinculada à Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SSI-Saúde) da PGR.

Nesta semana, elas começam as entrevistas com três estagiários, 15 servidores (inclusive aposentados) e 17 terceirizados. Algumas entrevistas poderão ser virtuais; outras, presenciais, em residências na Zona Norte e na região das ilhas da capital, bem como nos municípios de Alvorada, Canoas e Eldorado do Sul. Já nos municípios de Pelotas, Rio Grande e Rio Pardo, no interior, o contato será auxiliado por servidores das PRMs locais. Em todos os casos, mediante autorização do entrevistado, a assistente social Patrícia Alves estará presente, escutando as histórias, orientando e auxiliando no preenchimento de um questionário que guiará as ações posteriores.

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