O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, acompanhou, nesta quarta-feira (13), no Senado Federal, o processo de aprovação de Paulo Gonet para o cargo de Procurador-Geral da República.
A sabatina, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, durou cerca de 10 horas. O novo PGR obteve aprovação de 23 integrantes da Comissão para ter seu nome encaminhado ao Plenário, onde 65 senadores votaram favoravelmente à sua indicação para a chefia do Ministério Público da União (MPU). O próximo passo é a nomeação pelo Presidente da República.
“A sabatina serviu para destacar o preparo técnico e o cuidado de Paulo Gonet no tratamento dos temas que um Procurador-Geral da República irá enfrentar, sem antecipar juízos de valor, mas se comprometendo com uma análise cuidadosa dos assuntos, em um movimento que reafirma a voz e a capacidade de diálogo que tradicionalmente marca o papel da PGR. Aprovado o nome pelo Senado, é momento de comemorarmos, desejando a Paulo Gonet um mandato de sucesso e que seja marcado não apenas por suas qualidades pessoais como um humanista, mas, especialmente, pela clareza de seus posicionamentos, pelo diálogo amplo com a sociedade e muito especialmente com a classe, do qual a ANPR irá participar e apoiar", destacou o presidente da ANPR.
Quase quatro décadas de associação
Paulo Gonet associou-se à ANPR em 1987, logo após tornar-se membro do Ministério Público Federal (MPF). Em maio deste ano, ao prestigiar a posse da nova diretoria para o biênio 2023-2025 elogiou a gestão dos últimos anos da associação, baseada no diálogo respeitoso e transparente.
“O que sempre me impressiona na gestão do presidente Cazetta é a proposição inclusiva. Inclusivo é aceitar, é ouvir os que pensam diferente. A presidência de Cazetta ouve e acolhe todo mundo. Isso é o espírito da associação e eu fico muito feliz que seja assim. Ao completar 50 anos a Associação Nacional dos Procuradores da República continua fiel a si mesma”, frisou.
Perfil
Paulo Gonet é o nono procurador-geral da República desde a promulgação da Constituição de 1988. Ele tem 62 anos de idade, formou-se em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). É mestre em Direito pela Universidade de Essex (Reino Unido) e, de volta à UnB, concluiu o doutorado.
Em 1986, foi aprovado em 1º lugar no concurso para o cargo de promotor de Justiça do Distrito Federal. Um ano depois, alcançou a mesma colocação na seleção para procurador da República. Foi quando optou pela carreira do Ministério Público Federal (MPF), instituição onde permanece por quase quatro décadas.
A promoção por merecimento para o cargo de subprocurador-geral da República ocorreu em 2012. Desde setembro deste ano, atuou como procurador-geral eleitoral interino.
O magistério também é uma presença marcante no currículo do novo PGR, que é professor universitário em instituições de renome e autor de obras e artigos jurídicos.
