O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Fábio George Cruz da Nóbrega, entregou a lista tríplice para procurador(a)-geral da República ao presidente Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (5), no Palácio do Planalto. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge de Oliveira Francisco, também participou do encontro.
Durante a reunião com Bolsonaro, o presidente da ANPR falou da importância da lista tríplice para o fortalecimento da instituição. “Ela serve, a um só tempo, como mecanismo de fortalecimento da democracia interna e também de transparência externa, na medida em que os postulantes ao cargo - um dos mais importantes da república - participam de um amplo debate público, realizado em todas as regiões do país, apresentando claramente quais são as suas ideias e os seus projetos para a instituição.”
O presidente da ANPR realçou, também, o espírito de liderança e representatividade que ostentam todos os três nomes indicados na consulta realizada junto aos integrantes do Ministério Público Federal de todo o país. Para ele, “a classe está inteiramente mobilizada em torno destes três nomes”. O presidente da República elogiou a iniciativa dos procuradores, de formar uma lista tríplice a partir de debates públicos, e disse que estudará os nomes apresentados, destacando, ainda, que decidirá com calma, sem qualquer pressa ou açodamento, diante da importância do referido cargo para o país.
A lista tríplice foi formada por meio de eleição no mês passado. Ao todo, 948 membros do MPF - 82,5% da categoria - participaram da votação. Os mais votados foram os subprocuradores-gerais Mario Bonsaglia e Luiza Frischeisen, e o procurador regional da República Blal Dalloul, respectivamente.
A lista tríplice foi acatada por todos os presidentes da República nos últimos dezesseis anos. Nesse período, assumiram o posto de PGR Cláudio Lemos Fonteles; Antônio Fernando Barros e Silva de Souza; Roberto Monteiro Gurgel Santos; Rodrigo Janot Monteiro de Barros; e Raquel Elias Ferreira Dodge. Este ano, dez membros do MPF concorreram à lista, o maior número desde que ela passou a ser elaborada no atual formato, em 2003. O nome que vier a ser escolhido por Bolsonaro para ocupar a PGR ainda dependerá da aprovação do Senado para assumir o cargo.