A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) entregou a lista tríplice para procurador-geral da República ao presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (1º), no Palácio do Planalto. Participaram da reunião o presidente da entidade, Ubiratan Cazetta; a vice, Ana Carolina Alves Roman; e o diretor de Assuntos Legislativos, Lauro Cardoso.
Durante a reunião com Bolsonaro, o presidente da ANPR defendeu a lista tríplice como instrumento democrático, transparente, importante para a sociedade. "A defesa da lista tríplice trata da incorporação ao Ministério Público Federal de um processo de transparência e participação já consagrado no Brasil para os demais Ministérios Públicos, sem exceção, e que preserva ao Presidente da República o papel de decisão política quanto ao nome a ser indicado para que o Senado Federal exerça seu papel de controle e ratificação", defendeu.
Cazetta também ressaltou que o processo de consulta à carreira confirma a condição de igualdade entre o MPF e os Ministérios Públicos Estaduais, os quais escolhem os seus respectivos procuradores-gerais por meio da lista tríplice, conforme previsão constitucional. Nesse modelo, a participação da carreira é apenas uma etapa de uma série de manifestações oficiais que culmina na aprovação do nome do PGR pelos representantes do Senado.
A eleição da lista tríplice para procurador-geral da República foi formada em eleição em 22 de junho, com a participação de 811 membros do MPF. Foram eleitos, por ordem de votação, os subprocuradores-gerais da República Luiza Frischeisen (647), Mario Bonsaglia (636) e Nicolao Dino (587). O quórum de votação representa 70% do Colégio de Procuradores.
Foto: Isac Nóbrega/PR