A Nota Pública da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) sobre declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acerca da lista tríplice para a definição do Procurador-Geral da República foi destaque nos principais veículos de comunicação.
Durante debate na CNN, o presidente da entidade, Ubiratan Cazetta, voltou a esclarecer que a lista não é uma indicação corporativa, mas, sim, um modelo que comprovadamente promove um processo de escolha transparente e democrático.
Apesar das declarações de Lula, Cazetta demonstrou-se otimista de ter o pedido atendido e ser recebido pelo chefe do Executivo para conversar a respeito. Contudo, garante que a ANPR, como a responsável pelo processo de indicação dos nomes escolhidos pelos integrantes do Ministério Público Federal (MPF) postulantes ao cargo, manterá a tradição.
“A lista é uma obrigação estatutária. Mais do que isso. A lista é uma bandeira histórica. Será feita e será entregue ao presidente Lula. Eu espero, inclusive, que eu tenha condições de falar antes com ele para que esse debate seja feito de uma forma bastante ampla e sem os nomes [indicados para o cargo]”, enfatizou.
A Veja reproduziu a nota da ANPR na íntegra e destacou a crítica da associação de que “é compreensível que o presidente manifeste contrariedade com os Procuradores da República que o denunciaram. O sentimento de revanche, contudo, não deveria ser a marca do estadista verdadeiramente preocupado com o fortalecimento das instituições e da democracia brasileiras”.
O G1 ressaltou a preocupação da associação de que ao tratar a decisão como uma escolha pessoal, Lula "abre mão da transparência necessária ao processo e se desvincula da preocupação com a autonomia da instituição e com a independência do PGR".
Da mesma maneira, o Poder 360 e o Valor Ecômico, publicaram a nota da ANPR dando destaques a alguns trechos como o que a entidade argumenta que "a lista tríplice é adotada em todos os outros Ministérios Públicos, e o processo de escolha permite ao país conhecer melhor os postulantes ao cargo. Os candidatos são devidamente escrutinados não apenas pela carreira, mas também pela imprensa e pela sociedade”.
Acesse as reportagens na íntegra:
Assista ao debate na CNN: