A diretoria da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e associados compareceram em peso, neste domingo (20), à abertura da primeira Cúpula dos Procuradores-Gerais dos países do G20 (PG20). O evento, que conta com o apoio da entidade, ocorre até esta terça-feira (22), no Rio de Janeiro (RJ).
Em discurso, o presidente da ANPR destacou que este momento sinaliza aos integrantes do Ministério Público que a união de esforços é fundamental na luta em prol da sustentabilidade, do progresso e da proteção dos direitos humanos.
“O diálogo entre os procuradores-gerais do G20 tem um simbolismo importante, ao reforçar a todos os membros do Ministério Público a eficácia da cooperação internacional para o sucesso de nosso trabalho, especialmente se percebermos que nossas diversidades linguísticas, culturais e de olhares podem se tornar pontes entre países e não barreiras que os separem”, enfatizou Ubiratan Cazetta.
Representaram, ainda, a ANPR a diretora secretária, Lívia Tinôco; o diretor Financeiro, Oswaldo Barbosa Silva; e o coordenador da Comissão ANPR Raça, Julio de Castilhos.
Pela primeira vez no Brasil, o Ministério Público Federal (MPF) reúne chefes do Ministério Público de 21 delegações de países do bloco econômico e convidados da Presidência brasileira no G20 acerca de estratégias comuns de combate ao crime organizado transnacional e de proteção do meio ambiente.
O evento foi organizado pela secretária de Cooperação Internacional do MPF, Anamara Osório.
"Se trata de um projeto único. Foi o atual procurador-geral que pensou nessa proposta. E, estamos recebendo, então, pela primeira vez no Brasil, os procuradores-gerais dos países do G20, mais os países que foram convidados pela Presidência da Repúbica, que são mais oito", destacou Anamara Osório.
De acordo com o procurador- geral da República, trata-se de uma iniciativa que representa o fortalecimento, inclusive, das instituições.
"Estamos reunidos confiantes de que, pelo intercâmbio de experiências fortalecemo-nos ainda mais para enfrentarmos os problemas que nos são comuns e que os nossos países confiam às nossas instituições”, ressaltou Paulo Gonet.
Ao longo de três dias, os procuradores-gerais – junto com a alta cúpula do MPF, integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), e membros da instituição, definirão estratégias para fortalecer a cooperação jurídica internacional e firmar uma carta de compromissos com a definição de ações que beneficiem de forma mútua todos os países envolvidos.
Participam da cúpula 13 delegações que integram o grupo econômico: África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Reino Unido, Rússia e União Europeia. Autoridades de outros oito países convidados pela Presidência brasileira no G20 e com os quais o MPF mantém laços de cooperação também participam das discussões: Angola, Chile, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Singapura.
“A ANPR tem sua história moldada na colaboração com a Administração Superior para a viabilização de eventos e atividades que contribuam para fortalecer a imagem da instituição e, assim, o PG20, por seu ineditismo e importância, é um momento para reafirmar também esta parceria”, finalizou Ubiratan Cazetta ao reiterar o compromisso da associação em contribuir nas questões de interesse da instituição e da carreira.
Durante a abertura, o Cristo Redentor foi iluminado com as cores vermelha, azul, verde e amarela, para marcar a abertura oficial do evento.
