Brasília, 11/04/2018 — A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) repudia veementemente as declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, proferidas no plenário do STF, nesta quarta-feira, 11, a respeito do trabalho dos procuradores da República, em especial, os que atuam na Força-Tarefa da Operação Lava-Jato.
Citado nominalmente por Gilmar, o procurador da República Diogo Castor de Mattos esclarece que não atua e nunca atuou diretamente em casos ou processos que envolvessem clientes de seu irmão, Rodrigo Castor. “Há centenas de processos e mais de uma dúzia de procuradores na Força-Tarefa de Curitiba. Por fim, a afirmação do ministro de que a corrupção já entrou na Lava Jato é absurda, não sendo amparada em provas", comenta Diogo Castor.
Premiada e reconhecida nacional e internacionalmente, a Operação Lava Jato é a maior investigação contra a corrupção da história, e a atuação da Força-Tarefa fundamenta-se em trabalho sério e isento. Ao dizer que “a corrupião já entrou na Lava-Jato”, o ministro, mais uma vez, profere opiniões desrespeitosas e incabíveis na voz de um representante da Suprema Corte.
A ANPR repudia as declarações e se solidariza integralmente com o procurador da República Diogo Castor de Mattos e com os componentes da Força-Tarefa da Lava Jato.
José Robalinho Cavalcanti,
Procurador Regional da República
Presidente da ANPR