A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) se manifestou, nesta quinta-feira (31), contrária a todo e qualquer tipo de comemoração ao golpe militar de 1964. Em postagem nas redes sociais, a entidade questiona quais seriam os motivos para festejar e afirma que a data marcou um momento de cerceamento de direitos.
Na publicação, a ANPR afirma que “o regime [ditadura] promoveu assassinatos, torturas e prisões arbitrárias”. E que “lembrar desse fatos nos obriga a refletir e nunca mais repeti-los”, declarou a associação.
Na mesma linha do posicionamento da ANPR, o Ministério Público Federal (MPF) reiterou nesta quinta-feira (31), o pedido de liminar para que a União deixe de postar informações em celebração à data. O Ministério da Defesa publicou no site oficial “Ordem do Dia” assinada por Braga Neto, celebrando a data. O MPF solicitou a remoção imediata da nota. Aguarda-se agora a decisão da Justiça.
A petição faz parte de um processo motivado inicialmente por um vídeo divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, em março de 2019. Além do pedido de pagamento de multa pelos danos morais coletivos causados pelo custeio e divulgação da peça à época, o MPF também requereu, como medida de urgência, que a União não tornasse a adotar tal postura de exaltação a um regime ditatorial.