A Campanha Ajuda RS, promovida pelo MPF para auxiliar a reconstrução das vidas de estagiários, servidores e terceirizados afetados pelas consequências das enchentes no Rio Grande do Sul, recebeu, desde o dia 7 de maio, R$ 240.596,37, arrecadados simultaneamente pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), pela Associação dos Membros do Ministério Público Federal (AMPF) e pela Associação dos Servidores do Ministério Público Federal (ASMPF).
O valor doado por 1014 membros e servidores se somará ao já arrecadado pela iniciativa SOS Enchentes (R$ 6.572,70), da PR/RS, e pela Comissão de Projetos de Ação e Educação Social da PRR4 (R$ 5.400), para apoiar as famílias nas necessidades urgentes e na aquisição de material de construção, móveis, eletrodomésticos, utensílios e objetos pessoais, entre outros itens.
Toda a ajuda é bem-vinda! Por outro lado, na avaliação de integrantes do Gabinete Institucional de Enfrentamento à Crise – constituído por membros e servidores da PRR4, da PR/RS e da PR/SC –, o valor arrecadado ainda é pouco para apoiar as pessoas atingidas tanto em caráter emergencial quanto do ponto de vista da reconstrução dos lares. “Cálculos preliminares mostram que o valor arrecadado até agora é insuficiente para reconstruir e mobiliar uma casa", afirma a procuradora da República Claudia Paim (PR/RS).
Dias melhores
“Também estamos falando de perdas com valores inestimáveis – lembranças, memórias, fotos, objetos, móveis, a casa”, lembra a coordenadora de Gestão de Pessoas da PR/SC, Cynthia Orengo. “Somos 11 mil pessoas no MPF. Se cada um contribuir com o que for possível, podemos colaborar com além do básico para um recomeço, para a esperança de dias melhores, para cada um desses 34 colegas que tiveram suas vidas, suas histórias, invadidas pelas chuvas e pelas cheias”, defende.
Acolhimento e diagnóstico
A situação de cada família beneficiada pela Ajuda RS está sendo cuidadosamente apurada e analisada pela equipe do Gabinete, que se concentra neste momento no trabalho de escuta e atendimento emergencial, além de orientação para preservar a saúde e a segurança de todos, incluindo os canais abertos pelos serviços médicos da PR e da PRR e da atenção psicossocial oferecida pela Secretaria de Serviços Integrados de Saúde do MPF. Nesta segunda (27), a equipe se reuniu para avaliar a situação e traçar os próximos passos. Entre outros grupos de trabalho que serão constituídos, foi formado o de Acolhimento e Diagnóstico Local dos Danos, com nove integrantes, que seguirá na escuta das pessoas afetadas e promoverá visitas às residências.
Dona Pê
Uma das pessoas beneficiadas pela Ajuda RS é Pedrolina Cardoso. Aos 66 anos, Dona Pê apoia o MPF há 15, por meio do serviço de limpeza na PR/RS. Em um dia, sua casa, no bairro Mathias Velho, no município de Canoas, foi totalmente submersa. Ela saiu com a bolsa, os documentos e a filha, para abrigar-se na casa de familiares.
Dona Pê ainda pretende recuperar a casa, herança da mãe. “Minha casa está debaixo d’água e não deixam a gente entrar. Acho que perdemos tudo. Tá muito tempo... Ainda se fosse uma semana, mas tem mais de 20 dias. Parece que foram duas enchentes, uma atrás da outra”, desabafa. Apesar de o nível da água ter baixado, a Defesa Civil ainda não permite o retorno ao local, para evitar riscos à segurança das pessoas.
Para doar:
Servidores
ASMPF: CNPJ 00.679.308/0001-05
Membros
ANPR: CNPJ 00.392.696/0001-49
AMPF: CNPJ 51.254.638/0001-90
