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Cerimônia na PR-DF, local da primeira sede da ANPR, marca as comemorações do cinquentenário

Cerimônia na PR-DF, local da primeira sede da ANPR, marca as comemorações do cinquentenário

Esta sexta-feira (22) foi de comemoração. Membros do Ministério Público Federal (MPF) de todo o país reuniram-se em cerimônia para celebrar os 50 anos da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O evento foi no auditório da Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF), em Brasília-DF, local que recebeu a primeira sede da ANPR.

“Esse prédio representa muito para nós. Ele nos remete às nossas origens. Há um simbolismo de estar aqui”, disse, emocionado, o presidente, Ubiratan Cazetta, ao relembrar o local onde a entidade deu os primeiros passos.

Ao avaliar a caminhada de cinco décadas, ele destacou os avanços da ANPR em prol da carreira e da instituição, mas lembrou que o momento é também de reconhecer o que ainda exige uma atuação mais efetiva, a exemplo da luta pela equidade de gênero e de raça, e um olhar mais atento às ações voltadas à pessoa com deficiência.

‘’Precisamos ter a capacidade de olhar onde ainda precisamos melhorar, o que ainda nos falta para manter o legado. Quando os fundadores, em 1973, pensaram a associação, eles pensaram nessa capacidade de se reinventar e mostrar que é um local plural e diverso, que ouve e respeita as diferenças”, acrescentou.

A diretora secretária da ANPR, Lívia Tinoco, aproveitou a ocasião para homenagear todas as mulheres que, ao longo dos 50 anos, se dispuseram a ocupar cargos na diretoria da entidade. Ela citou nome por nome, cargo por cargo, e fez um agradecimento pela dedicação de todas.

“Nominar cada uma das mulheres que aqui foram lembradas é uma alegria e uma esperança. É o reconhecimento e uma instigação para o futuro. Essas procuradoras que aceitaram ser presidente, vice-presidente, diretoras e delegadas não apenas quebraram barreira de gênero, mas nos lembraram que a união e o compromisso podem abrir caminhos para um sistema de Justiça mais igualitário e justo para todos”, frisou.

A secretária-geral do Ministério Público da União (MPU), Eliana Torelly, tornou pública a honra de ser da ANPR, um sentimento, que de acordo com ela, é compartilhado por quem está na associação e pelos que chegam ao MPF.

“A ANPR está ligada à história do Ministério Público Federal de tal maneira que todos que tomam posse no Ministério Público Federal a gente vê o brilho nos olhos dos novos procuradores se filiarem. O que traz o brilho da ANPR e essa posição de destaque é exatamente o posicionamento dessa associação nas questões institucionais e na defesa da democracia”, enalteceu Torelly.

Autoridades e representantes de diversas associações que compõem o sistema de Justiça prestigiaram o evento.

“É uma associação extremamente valorosa e importante para os membros do Ministério Público Federal, mas ainda mais importante para a sociedade brasileira, porque sua atuação sempre foi marcada pela preocupação de promover a cidadania e os direitos humanos”, afirmou o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Lélio Bentes Corrêa.

Durante o evento, houve a exibição de vídeo, produzido pela comunicação da ANPR e que conta um pouco da trajetória da entidade, sob o olhar de associados de diferentes gerações. Os depoimentos emocionados rememoraram desde a concepção da ANPR, em 1973, por um grupo de cinco procuradores, até os dias de hoje, em que a associação ganhou espaço e voz.

“Fiquei muito feliz, porque nós não temos o costume, no Brasil, ter uma memória, um reconhecimento daquelas pessoas que constroem as instituições. Nos depoimentos, foram vários homens e mulheres que defenderam a República, a sociedade e, sobretudo, a democracia“, elogiou o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Vieira de Mello Filho, após assistir ao vídeo.

Ao final, o presidente da ANPR relembrou que a associação de hoje é a concretização do sonho de cinco membros do MPF e, que atualmente, reúne mais 1.200 associados, que contribuem com a continuidade da história da entidade.

“Vamos continuar a caminhar. E é o papel da atual gestão reconhecer o trabalho de todos, reconhecer o trabalho de cada um dos associados, dos que estão vivos, dos que já nos deixaram, mas que nos deixaram com muito da sua alma. Todos que fizeram da ANPR o que ela é”, finalizou.

 

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