Nesta terça-feira (30), a Comissão ANPR Mulheres realizou a abertura do encontro que debaterá problemas e desafios na construção da equidade de gênero no âmbito do Ministério Público Federal (MPF). O evento ocorre em Brasília (DF).
A vice-presidente da entidade, Ana Carolina Roman, destacou a importância da discussão da temática para mudar a realidade não só no Ministério Público Federal – ainda majoritariamente um ambiente composto por homens, mas para mudar a realidade no país. Ela destacou a origem da desigualdade de gênero.
“Os desafios maiores são para a implementação de direitos, de políticas afirmativas para diminuir essa desigualdade. Essa desigualdade existe e parte de uma gênese que é a divisão desigual do cuidado dos filhos, que a nossa Constituição ela presume. A mulher é responsável pelos primeiros anos de cuidados dos filhos. Nós precisamos de uma licença parental, de uma divisão mais igualitária no cuidado dos filhos e do ambiente familiar. E isso impacta no trabalho feminino. E é disso que hoje a gente vemos tratar”, destacou.
O presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, lembrou que a criação da ANPR Mulheres foi um acerto feito no início da gestão voltada a fomentar ações para garantir a equidade de gênero. Ao abordar as desigualdades entre homens e mulheres, ressaltou aspectos como a diferença na remuneração e pequena participação feminina em cargos decisórios.
“A ANPR em 50 anos de existência teve apenas uma gestão conduzida por mulher. Tivemos uma única procuradora-geral da República, embora nossas listas tríplices tenham ofertado nomes de mulheres”, revelou. E complementou que “as pautas da ANPR Mulheres não são pautas de um grupo da associação. Elas são pautas da associação que foram colocadas no lugar de destaque para que todos no MPF tenham a mesma capacidade de acesso a todos os cargos”
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