Em uma noite especial, o cinema São Luiz, no Recife, foi palco da exibição única de lançamento do documentário “Vindas e Vidas". O filme conta a história da acolhida dos venezuelanos que chegaram a Pernambuco em busca de uma nova vida.
Na ocasião, cerca de 700 pessoas tiveram a oportunidade de assistir aos relatos e desafios de migrantes e das autoridades. A sessão arrecadou itens de higiene pessoal para distribuição entre os venezuelanos retratados.
O foco da obra é explicar o que é ser migrante e refugiado, independentemente da nacionalidade, e quais os desafios do acolhimento e da integração dessas pessoas em seu local de destino, tanto para elas quanto para os que as recebem. Depois do lançamento, outras exibições devem ser agendadas, seguidas de rodas de debate.
A produção do documentário ficou a cargo do Ministério Público Federal (MPF) na 5ª Região, em conjunto com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e a Cáritas Brasileira Regional Nordeste. A exibição do documentário foi patrocinada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Documentário
O documentário “Vindas e Vidas” relata o drama dos migrantes a partir da história de quatro famílias venezuelanas que deixaram o seu país por conta da crise econômica e humanitária e entraram no Brasil pela fronteira com Roraima. Três das famílias entrevistadas chegaram a Pernambuco por meio do Programa de Interiorização Voluntária (Pana), que faz parte da Operação Acolhida, organizada, em 2018, para receber os migrantes que chegam ao país diariamente.
A partir da narrativa dos personagens e das autoridades ouvidas, é possível desmistificar alguns preconceitos, como o de que os refugiados são migrantes econômicos ou de que saíram do país de origem por opção. Além disso, esclarece que a própria Constituição Federal não estabelece distinção entre brasileiros e estrangeiros residentes no país, e que todos devem ter os direitos fundamentais e humanos garantidos.
Produção
Gravado no primeiro semestre de 2019, o documentário “Vindas e Vidas” contou com o esforço das equipes de comunicação das instituições envolvidas e com o apoio de voluntários.
Sob direção institucional do procurador-chefe da PRR5, Marcelo Alves, do reitor da Unicap, padre Pedro Rubens, e do então secretário regional da Cáritas, diácono Antônio Lisboa, o documentário tem direção técnica de Ana Cláudia Dolores, Cláudia Holder, Jaqueline Maia e Lícia Magna, roteiro de Ana Cláudia Dolores, Cláudia Holder e Nildo Ferreira e edição de Luca Pacheco. A trilha sonora foi composta exclusivamente para a obra pelo acordeonista austríaco Stefan Matl e foi gravada, mixada e masterizada pelo Estúdio Núcleo Beat.