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Em cerimônia, ANPR homenageia membros por 40 anos de concurso

Em cerimônia, ANPR homenageia membros por 40 anos de concurso

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) prestou homenagem, nesta quarta-feira (31), aos membros do Ministério Público Federal (MPF) que completaram 40 anos de ingresso na instituição. A cerimônia ocorreu em Brasília.

Os homenageados são cerca de 50 aprovados no 4º e 5º concurso para procurador da República, nomeados e empossados nos anos de 1979 e 1982, respectivamente. Durante a cerimônia, eles receberam uma placa em reconhecimento aos serviços prestados ao longo de quatro décadas à ANPR, ao MPF e à sociedade brasileira.

“Ingressei no Ministério Público nos anos de 1980, quando ainda não tínhamos uma casa para nos abrigar. Exercíamos nossas funções em pequenas salas, em um andar, do edifício de Esplanada, dedicado à Administração Federal. Sem nenhuma estrutura material, tínhamos de levar nossa caneta, papéis, livros e tudo mais que se fazia necessário para executarmos nossa tarefa. Parabenizo todos que foram ingressando nesta Casa, trazendo competência, energia, vontade de lutar para mentar o regime democrático, que, hoje, temos e sempre defenderemos”, discursou em nome da 4ª turma, a subprocuradora-geral da República, Leda Maria Soares Janot.

Para expressar os sentimentos da 5ª turma, foi escolhido o subprocurador-geral da República, José Carlos Pimenta, que também relembrou as dificuldades e enumerou diversas mudanças ocorridas na instituição e na carreira, desde a posse.

“Saímos daqui, ainda em atividade ou já desfrutando da aposentadoria, no conforto e na esperança de que o Ministério Público brasileiro, em que se congrega o MPF como instituição essencial à função jurisdicional do estado, seja sempre intrépido na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis como preconizaram os constituintes de 1988. Congratulações, colegas”, finalizou.

O presidente da ANPR emocionou-se ao externar a honra e o orgulho de reunir várias gerações que fazem parte da construção do MPF. Alguns deles fizeram parte da diretoria da ANPR e dois – Aristides Junqueira e Roberto Gurgel - chegaram ao cargo de procurador-geral da República. De acordo com Ubiratan Cazetta, a experiência acumulada dos homenageados precisa ser lembrada, repassada e ganhar continuidade por meio dos membros mais novos e dos futuros.

“Como esse passar de gerações é essencial para uma instituição que pretende ser diversa e democrática. O que temos hoje no MPF é fruto de cada um dos que estão aqui presentes e estavam presentes na construção da Constituição. Cada um na sua forma, com seus erros e acertos nos trouxeram até aqui. A minha fala é para agradecer a cada um pelo que representa na nossa história. Somos herdeiros e temos nítida a sensação do desafio. É difícil ombrear os feitos de cada um de vocês, mas é a nossa missão. O peso que nós carregamos é o de continuar a conduzir e consolidar o legado que recebemos como fruto do trabalho diuturno de cada um”, afirmou ao se dirigir a cada colega.

Durante a cerimônia, houve homenagem também (in memoriam) aos integrantes do 4º e 5º concurso que já faleceram.

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