Ética relacional foi o tema do painel ministrado pelo professor e doutor em Ciências da Comunicação Clóvis de Barros Filho. Com uma abordagem bem humorada, ele tratou sobre questões ligadas à ética, à moral e à filosofia.
O professor explicou que a palavra ética começou a ser muito usada enquanto outra entrou em declínio: a moral. ?A impressão é de que uma foi substituída pela outra e que parecem sinônimos. Mas não são?, argumentou.
Ele classificou moral como aquilo que o indivíduo não faria de forma alguma, o que o impediria de determinada conduta. ?A moral não tem a ver com o externo, é uma questão de consciência. Você como avaliador único e último de sua conduta?, problematizou.
Uma sociedade rigidamente dirigida pela moral seria diferente. Segundo ele, não haveria tanta necessidade de segurança e controles externos uma vez que ?cada um seria suficientemente lúcido para definir os limites da própria ação?.
Ao falar sobre ética, Clóvis enfatizou a diferença entre os valores. ?É uma iniciativa da inteligência coletiva que zelando pela melhor convivência diagnostica os valores e identifica as condutas?, explicou.
De acordo com o professor, a ética relacional não se traduz em uma tabela de pode ou não pode. Mas sim por meio de uma disposição permanente da inteligência em que há chances iguais de felicidade para todos que interagem num mesmo espaço. No campo filosófico, seria a avaliação da relação do que sentimos e fazemos. ?É fazer triunfar a vontade sob o desejo?, finalizou.
Também integraram o painel as procuradoras da República Jaqueline Buffon e Priscila Schreiner, integrantes do Grupo de Trabalho Crimes Cibernéticos.