Notícias

Ministra Cármen Lúcia assume presidência do STF

Em cerimônia realizada nesta segunda-feira, 12, a Ministra Cármen Lúcia foi empossada como Presidente do Supremo Tribunal Federal. O evento contou com a presença de diversas autoridades e magistrados, entre eles o presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti, e representantes das demais associações do Judiciário e do Ministério Público.

A magistrada comandará a mais alta Corte da Justiça brasileira até 2018 e também acumulará a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em seu discurso, dedicado ao povo brasileiro, Cármen Lúcia prometeu tornar o país mais justo e dar mais transparência ao funcionamento do tribunal. "O Brasil é cada um e todos nós, o Brasil que queremos que seja p átria mãe gentil para todos e não somente para alguns", declarou. A ministra disse ainda que a função de juíza do Supremo é "uma tarefa grata, mas também difícil".

O presidente da ANPR, José Robalinho, ressaltou que Cármem Lúcia comprometeu-se em abrir nova fase de diálogo com as entidades de classe. Porém, ele externou a decepção da ANPR com a postura da ministra contrária a recomposição dos subsídios. "Na última semana, já havia sinais de recuo do governo com a participação da ministra, mas ficamos decepcionados com a falta de sensibilidade e de informação da presidente do STF, que se manifestou contra o reajuste de 16%, em duas parcelas, quando outras categorias foram beneficiadas com porcentagens muito superiores e com impacto econômico maior", afirmou.

Robalinho destacou que, do ponto de vista institucional, a ministra merece todo o respeito e tem o apoio dos membros do Ministério Público Federal para assumir o posto, seja por sua capacidade técnica, seja pelo grau ético que imprime ao seu trabalho.

Ao discursar, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, salientou o saber e a honradez da ministra e defendeu a Operação Lava Jato. Ele afirmou que é necessária uma depuração na política brasileira e que o Brasil precisa mudar. "Tem-se observado diuturnamente um trabalho desonesto de desconstrução da imagem de investigadores e de juízes. Atos midiáticos buscam ainda conspurcar o trabalho sério e isento desenvolvido nas investigações da Lava Jato".

A cerimônia também contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, dos presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, além de outras autoridades dos Três Poderes, e representantes do meio cultural, como atores e escritores. O hino nacional foi executado pelo cantor e compositor Caetano Veloso.

logo-anpr