“O combate à corrupção é a grande esperança de termos uma economia mais eficiente e uma democracia mais sólida”, afirmou a jornalista Miriam Leitão em auditório com mais de 200 procuradores da República. Nesta sexta-feira, 30, ela fez uma análise dos impactos da corrupção na economia em painel do 32º ENPR.
Na ocasião, a jornalista desmistificou a afirmativa de que as crises política e econômica pelas quais o país passa hoje derivaram da Operação Lava Jato. “A Lava Jato impacta sim, mas essas crises foram construídas antes, por decisões governamentais erradas”, disse.
Em um apanhado histórico de lutas pelas quais o Brasil passou, como contra a ditadura e a superinflação, Miriam avaliou que a atual crise não é definitiva, considerando que esse é um teste para a democracia. Para a jornalista, essa Operação começa um processo importante de construção de um outro país.
A corrupção, segundo ela, subverte a ordem natural da boa gestão, que tem como princípios a distribuição e a delegação de informações. “A economia começa a ser contaminada por processos opostos aos que devem ser buscados tanto na gestão quanto na produtividade. Acaba-se com a busca da eficiência”, explicou.
Miriam reconheceu também a importância do Ministério Público Federal no processo democrático e ressaltou a esperança de um país melhor, com o combate efetivo à corrupção. De acordo com a jornalista, o alto custo da corrupção prejudica não somente o cenário nacional, com a falta de políticas públicas para a sociedade, mas também compromete a reputação do país em âmbito internacional, dando mais força à crise.
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