Diante das aglomerações vistas nas agências da Caixa, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública contra a instituição financeira, a União e o estado de Pernambuco para que medidas sejam tomadas de forma urgente. Tais aglomerações podem ajudar na propagação da Covid-19.
A ação foi protocolada pelo procurador da República Alfredo Falcão Junior, que pede que a Caixa adote medidas mais rígidas de prevenção à Covid-19 nas agências. Ele destaca que a aglomeração de pessoas tende a se intensificar nos próximos dias, com o pagamento de auxílio emergencial pelo governo federal.
A Força de Segurança Nacional, o Exército Brasileiro e a Polícia Militar de Pernambuco devem atuar, de acordo com o pedido do MPF, para ajudar a Caixa na missão de controlar o fluxo de pessoas nas agências, limitando o número de pessoas nos locais de espera, organizando filas, distribuindo senhas com hora marcada para atendimento e criando mecanismos de agendamento. A agência também deve tomar providências quanto à higienização dos ambientes, funcionários e clientes. O MPF solicita à Justiça uma liminar.
As aglomerações têm se formado principalmente com pessoas de baixa renda que não dispõem dos meios tecnológicos para recebimento dos recursos por meio digital e em busca de informações. A estimativa é de que, até esta quinta-feira (30), cerca de 14 milhões de pessoas a mais tenham frequentado as agências do que em um período comum.
Caso não haja o cumprimento das medidas, o MPF requereu à Justiça multa diária no valor de R$ 5 mil para a Caixa e R$ 20 mil para União e estado de Pernambuco, que devem apresentar um plano de ação em cinco dias úteis para que as filas nas agências e proximidades possam ser organizadas.
* com informações do MPF