É com profundo pesar que a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) noticia o falecimento do subprocurador-geral da República aposentado Miguel Frauzino, nesta terça-feira (2), em Brasília (DF). Natural de Morrinhos (GO), Frauzino presidiu a ANPR por quatro biênios: 1975-1977, 1977-1979, 1979-1981 e 1983-1985, e deixou extenso legado na entidade.
Graduado em direito pela Universidade Federal de Goiás, Frauzino ingressou como procurador da República em 1973, no segundo concurso da carreira. Aposentou-se em 2001. Entre os muitos feitos de sua gestão à frente da ANPR, estão a estruturação patrimonial da associação com a elaboração de um plano de aplicação de recursos; a ideia de um concurso para criação da 1ª marca da entidade; a formação de grupo de trabalho para discutir o anteprojeto de lei orgânica do Ministério Público da União; e a primeira reunião do Colégio de Delegados.
Frauzino também participou ativamente das discussões para a criação da lista tríplice ao cargo de procurador-geral da República. Foi durante a gestão dele a ideia para a criação da Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva, organização sem fins lucrativos instituída em 1985 pela ANPR com destacada atuação em projetos e ações de responsabilidade social.
"Frauzino foi um precursor. Faz parte da geração de pioneiros que construíram o Ministério Público Federal, doou-se por décadas ao fortalecimento da instituição e da carreira, sendo o associado que, por mais tempo, presidiu a ANPR. É merecedor de todas as homenagens possíveis", afirma o presidente da ANPR, Fábio George Cruz da Nóbrega.
Já o procurador da República Cláudio Lemos Fonteles, que fez parte de equipe de apoio na gestão de Frauzino na ANPR, lembrou a importância do colega. "Ele foi uma figura ímpar, um homem alegre, afável, generoso e com uma visão bonita do significado associativo. Ele nos congregou dinamicamente no MPF. Foi realmente um grande líder em um determinado momento histórico da vida funcional. Coração triste, abalado".
Por todas essas e tantas outras ações, Miguel Frauzino foi sempre homenageado em vida, como no dia de sua aposentadoria compulsória ao atingir 70 anos, que contou com a presença de ministros do Supremo Tribunal Federal, em 2001. A ANPR está de luto e se solidariza com sua esposa, Giorgina, filhos e todos os familiares e colegas, neste momento de dor.
Assista ao especial - 40 anos da ANPR, com Miguel Frauzino
