O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, defendeu a constitucionalização da lista tríplice para procurador-geral da República, durante entrevista publicada nesta segunda-feira (28), pelo UOL. Para ele, a escolha, sem a participação dos membros do Ministério Público Federal (MPF) enfraquece a instituição.
"Pensando em modelo, independentemente de nomes, quem seja o ocupante temporário da Presidência e da PGR, o modelo enfraquece", defendeu Cazetta. "A escolha do PGR a partir de uma lista tríplice tem transparência, debate público com os três indicados, e filtros mais visíveis. É sempre melhor que o modelo em que haja mais opacidade, em que o presidente escolhe a partir dos seus próprios critérios. A sociedade perde não tendo lista tríplice", completou.
A lista tríplice para PGR foi formada na semana passada, a partir dos votos de 70% dos procuradores e procuradoras da República. Foram eleitos os subprocuradores-gerais da República Luiza Frischeisen, com 647 votos; Mario Bonsaglia, 636; e Nicolao Dino, 587. A ANPR encaminhará os três nomes mais votados aos presidentes da República, do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
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