O Projeto Identidade realizou reunião geral, na noite de terça-feira (30), com os estudantes do Projeto Identidade para fazer um balanço do ano, ouvir críticas e sugestões e anunciar novidades para 2022. A reunião foi coordenada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), representada pelo diretor de Comunicação, Julio José Araujo Junior, e pela Educafro, representada por Frei Davi Santos e por Thiago Velloso.
No encontro, os estudantes puderam relatar as suas experiências no projeto e apresentar pontos positivos e negativos. Foram destacados o formato do curso e a qualidade das aulas, mas foi solicitado que seja possível a realização de exercícios e simulados mensais. Definiu-se ainda a possibilidade de atividades coletivas para a criação de conteúdo de estudo, a ser amplamente acessado pelos alunos.
A coordenação do projeto indicou novidades para o ano de 2022, com o fortalecimento dos encontros de cidadania, promovidos pela Educafro, que devem ser mais associados aos temas do concurso. Para isso, a ANPR pretende trazer procuradores da República para discutir temas atuais, ações judiciais importantes e questões relacionadas ao enfrentamento ao racismo, com enfoque nas diversas matérias do concurso, como direito penal, constitucional e processual civil. Para o presidente da ONG Educafro, Frei Davi Santos, "as aulas de cidadania são fundamentais para o entendimento do nosso país. Dominar alguns assuntos concretos é essencial para isso. Nosso objetivo aqui é construir um diálogo com os alunos e professores. Entretanto, é importante lembrar que o curso e as todas as disciplinas dele demandam um esforço de todos".
Outra novidade é a realização de uma parceria com o curso jurídico CP Iuris para o próximo ano. Na última quinta-feira (25), houve reunião para acertar os últimos detalhes da tratativa, que possibilitará o acesso dos alunos ao curso disponibilizado pela empresa específico para ingresso no MPF. Terão acesso liberado os alunos que cumprirem os requisitos de assiduidade e participação no programa, além de presença mínima obrigatória nos encontros de cidadania promovidos pela Educafro dentro do Identidade.
A parceria fortalece os trabalhos do projeto, que é realizado a partir da contribuição de procuradores da República de todo o país, que se voluntariaram para apresentar aulas sobre os pontos do edital do concurso do Ministério Público Federal (MPF).
O CP Iuris é um curso voltado para o ensino e a preparação dos candidatos aos concursos públicos mais difíceis do país, passando por todas as etapas dos certames. O objetivo é ensinar conteúdo jurídico, além de técnicas de aprendizagem e de programar, direcionar e acompanhar o estudo do aluno, fornecendo instruções necessárias para o melhor aproveitamento dos conhecimentos adquiridos. No caso da parceria com o Projeto Identidade, será liberado acesso exclusivamente aos cursos para ingresso no MPF.
"O Projeto Identidade é uma ideia construída a muitas mãos, de maneira voluntária, com membros do MPF e parceiros que acreditam na proposta de um Ministério Público Federal mais plural e inclusivo. Estamos tentando fortalecer o trabalho coletivo dos alunos, valorizar os debates de cidadania e ao mesmo tempo buscar parceiros para que o curso esteja sempre forte”, afirmou Julio Araujo, diretor da ANPR.
O Projeto
O Projeto Identidade é fruto de parceria entre a Fundação Pedro Jorge, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Educafro, com o intuito de promover maior diversidade racial nos quadros do Ministério Público Federal. A primeira turma tem 100 bacharéis em direito pretos e pretas, em fase de preparação para o concurso de ingresso na carreira do Ministério Público Federal.
Por meio de uma plataforma única, voluntários disponibilizam aulas relacionadas a temas cobrados no programa do concurso. O programa também disponibiliza voluntários para auxílio no planejamento de estudos e para responder dúvidas sobre a carreira, as matérias do concurso e formas de estudo.
