O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) lançará o documentário "Para não esquecer: o MPF e a Justiça de Transição", baseado na exposição "Justiça de Transição Não é Transação: a Brutalidade e o Jardim". O evento será no próximo dia 18, às 14h, na sede da Procuradoria da República no Rio de Janeiro/RJ.
“O documentário relata de maneira didática e precisa o excelente trabalho do Ministério Público Federal na persecução dos crimes e ilícitos praticados durante a ditadura. As entrevistas constantes no documentário foram realizadas para a exposição Justiça de Transição não é transação: a brutalidade e o jardim, que pode ser vista no Memorial da nossa Procuradoria até o fim do mês”, ressalta o procurador-chefe Sérgio Luiz Pinel Dias.
De acordo com a procuradora da República Fabiana Schneider, uma das curadoras, o conteúdo dá destaque ao caso Guerrilha do Araguaia, considerado um triste capítulo da história do Brasil.
"Durante a ditadura militar, foram praticados inúmeros crimes acobertados pelo próprio Estado. Muitos deles, jamais conseguiremos desvendar o que realmente aconteceu e muito menos os respectivos criminosos. Isso porque em um período de repressão, não existe liberdade, não existe informação. O trabalho do Justiça de Transição realizado pelo Ministério Público Federal reescreve histórias que estavam acobertadas pelas grades farpadas da ditadura. Por isso, merece todo o nosso reconhecimento. Uma pequena, mas relevante parte desse trabalho é apresentado nesse documentário. Queremos apresentar ao público o que as investigações alcançaram, para que todas as gerações jamais esqueçam o que aconteceu. Construir memória é um dos caminhos para que nunca se esqueça", conta Schneider.
Também participam da curadoria Mirtes Martins de Oliveira, Luísa Paraguai e Helena Barbour.
Os interessados em participar do lançamento devem encaminhar um e-mail para:
Exposição "Justiça de Transição Não é Transação: a Brutalidade e o Jardim"
A mostra pode ser vista no Memorial do MPF/RJ, espaço inaugurado no ano passado com o objetivo de resgatar a memória institucional, ampliar o diálogo do Ministério Público Federal com a sociedade e divulgar o trabalho do órgão por meio da linguagem artística.
As obras relembram episódios de violações de direitos ocorridos durante a ditadura militar e destaca o papel do MPF na busca pela punição dos responsáveis pelos crimes e por reparação para as vítimas. A exposição está dividida em cinco casos emblemáticos do período: o da Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da Casa da Morte em Petrópolis (RJ); o atentado do Riocentro; o caso Vladimir Herzog; a Guerrilha do Araguaia; e o genocídio indígena, que continua ocorrendo até os dias atuais.
As visitas podem ser agendadas para os dias úteis, das 12h às 17h.
Serviço:
"Lançamento do Documentário "Para não esquecer: o MPF e a Justiça de Transição"
Dia: 18/03/2024
Hora: 14h
Local: Avenida Nilo Peçanha, 31/ 6º andar - Centro - Rio de Janeiro/RJ
Confirmação de presença no evento:
