Na categoria Jornalismo de Televisão do VIII Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal, uma reportagem chamou a atenção dos jurados e faturou o prêmio: a produção "A Escravidão no Século XXI", de Marcelo Magalhães Menezes, Adriana de Farias, Marcus Fabricio Moraes Reis, Gilson Fredy Souza de Oliveira, Caio Roberto Pedroso Laronga, Diego William Molina Martins, Rafael Ramos, Gustavo Marcelo Costa, Mateus Bueno Munin, Pablo Toledo Florentino da Silva Renan Larangeira Renata Garofano, veiculada pela TV Record.
Toda essa gente não é à toa. Afinal, contar histórias sobre pessoas em situação de escravidão em pleno século XXI não é fácil. Durante 18 dias, os repórteres do Câmera Record percorreram os principais pólos produtores de cacau às margens da rodovia Transmazônica, no Pará, e na região que é conhecida como Costa do Cacau, no sul da Bahia.
Esse mercado movimenta R$ 14 bilhões por ano no Brasil - o sétimo maior produtor do mundo de cacau. Mas por trás dos números pujantes, há um submundo com muita pobreza, desigualdade e pior: trabalho análogo à escravidão. "Estamos falando de uma indústria bilionária que precisa se responsabilizar e mapear essa cadeia produtiva para tentar erradicar esses problemas", explica a jornalista Adriana Farias.
A reportagem mostra situação até de crianças e jovens na colheita do cacau, que é a matéria prima do chocolate. Cita como exemplo até pessoas que, mesmo após atuação do Ministério Público do Trabalho, voltaram ao mesmo local pela sobrevivência. Jovens que estão longe da escola. "Nessas regiões do país, as crianças aprendem que é normal trabalhar desde pequeno nas lavouras de cacau", diz Marcos Reis, também da Record.
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