Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o mercado ganha a obra coletiva “Glass Ceiling: Mulheres e as Barreiras Estruturais Sociais”. Um dos organizadores e autores é o subprocurador-geral da República Artur de Brito Gueiros Souza. O objetivo do livro é contribuir com o debate sobre as estratégias para superar e reduzir as desigualdades de gênero.
A obra origina-se de uma publicação especial da Revista Científica do Centro de Pesquisas em Crimes Empresariais e Compliance da Universidade Estadual do Rio Janeiro (CPJM/Uerj), coordenado pelo subprocurador-geral.
“O tema é da mais alta relevância no mundo contemporâneo. Vemos isso em várias áreas como, por exemplo, na participação de gênero nas eleições. Dessa iniciativa editorial da Revista surgiu a ideia - junto com a professora Claudia Cristina Barrilari, de ampliar e fazer uma obra coletiva. Contatamos diversas autoridades no assunto tanto do Brasil como do exterior para contribuir dentro dos eixos temáticos. Requer ressaltar que nós temos a participação da professora Mary Dodge, da Universidade do Colorado, que é a maior especialista em questão de gênero e crimes de colarinho em branco”, enfatiza o subprocurador-geral Artur Gueiros.
Autor do capítulo “Mulheres e criminologia empresarial”, ele faz uma análise acerca de uma possível sub-representação das mulheres na criminalidade econômica, nos grandes esquemas de corrupção em grandes empresas, observação que parte de pesquisas realizadas nos últimos anos e da própria atuação no MPF na temática.
“Isso sempre me chamou atenção. Eu percebi que existem duas grandes razões. A primeira seria a falta de oportunidades. Como há poucas mulheres em cargos de comando das empresas, naturalmente, haverá menos mulheres envolvidas em crimes do colarinho branco. Uma segunda explicação é que existem diferenças de socialização de gênero, no qual a mulher tende a delinquir menos do que o homem. Então, por essa segunda explicação, se tiver mais mulheres em cargos de direção haverá um decréscimo da criminalidade econômica", avalia.
A obra coletiva divide-se em três partes: Abordagens Criminológicas; Direito Penal Sistema de Justiça Criminal e Proteção da Vítima; e Acesso às Carreiras Jurídicas, Atividades Empresariais e Igualdade Laborativa.
Ao discorrer sobre a realidade brasileira marcada ainda por tratamento diferenciado dispensado a homens e mulheres, os autores apresentam as barreiras sociais e estruturais, que impedem ou dificultam o acesso das mulheres às melhores condições e oportunidades profissionais, aos aspectos relacionados com a criminalidade.
A obra coletiva destina-se aos estudantes e profissionais do Direito e das demais áreas das Ciências Humanas e Sociais.
Serviço:
Glass Ceiling: Mulheres e as Barreiras Estruturais Sociais
Editora: Tirant Brasil
Páginas: 373
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