Em comemoração à décima edição do Prêmio República, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) publica série de reportagens com iniciativas de destaque dos participantes das edições anteriores. Nesta quinta-feira (9), a entidade relembra a Operação Calicute. A ação foi responsável por investigar uma organização criminosa comandada pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Nas redes sociais, a ANPR divulgou vídeo em que o procurador da República Lauro Coelho comenta o trabalho e a importância da Operação Calicute no combate à corrupção no Rio de Janeiro.
A Operação Calicute foi inovadora porque as investigações aconteciam de forma simultânea em Curitiba (PR) e no Rio de Janeiro (RJ). A operação foi deflagrada em 2016 e foi desencadeada a partir de investigações da Lava Jato. O esquema desvendado pelos procuradores da República, em parceria com agente da Polícia Federa (PF) era uma complexa rede de desvios de dinheiro público na qual políticos, empreiteiros e empresários realizavam licitações de maneira ilegal.
Ao todo, estima-se que foram desviados mais de R$ 220 milhões dos cofres públicos, com algumas empreiteiras pagando até R$ 30 milhões em propinas e subornos. O governador na época, Sérgio Cabral, cobrava uma porcentagem dos contratos em troca de favorecer empresas nos processos de licitação e, consequentemente, superfaturava as obras públicas. O Ministério Publico Federal (MPF) afirma que provas obtidas pelas investigações, além de depoimentos de delatores, apontam que Cabral solicitou e obteve pagamentos em obras de grande porte para as quais foram destinados recursos financeiros da União e também para obras menores com recursos estaduais.
A operação fez com que a Justiça pedisse a prisão de dez envolvidos, entre eles o próprio governador. A Operação Calicute foi responsável por combater um dos maiores escândalos de corrupção da história do poder fluminense.
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