Em comemoração à décima edição do Prêmio República, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) publica série de reportagens com iniciativas de destaque dos participantes das edições passadas. Nesta quinta-feira (16), a entidade relembra o Projeto Brasil Nunca Mais - Digital. A ação foi responsável por trazer para a era virtual mais de 800 mil páginas de processos judiciais que documentam torturas e violações contra direitos humanos praticadas durante a época da ditadura militar brasileira.
O Projeto Brasil Nunca Mais - Digital possibilitou ampla consulta ao acervo do projeto produzido originalmente em 1980 pelo Conselho Mundial de Igrejas (CSI) e pela Arquidiocese de São Paulo. Nas redes sociais, a ANPR divulgou vídeo no qual procurador regional da República Marlon Welberto Weichert comenta o trabalho e a importância da documentação desses fatos. “Só para vocês terem uma ideia de como eram as coisas na época da ditadura, toda a ação de copiar os processos foi feito clandestinamente. Os microfilmes eram enviados para Genebra com pastores e padres que retornavam com dólares escondidos para financiar o projeto”, afirma o procurador.
Os relatos das vítimas de torturas registrados pelas autoridades religiosas foi responsável por produzir o mais impactante informe sobre graves violações dos direitos humanos da história do Brasil. A digitalização facilitou o acesso a estes documentos, sendo esse o principal fator que destacou o Projeto Brasil Nunca Mais - Digital em sua importância para história brasileira.
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