O XI Prêmio República também homenageou quem destinou décadas de trabalho ao Ministério Público Federal (MPF) e contribuiu na construção da história da instituição em prol da sociedade. Nesta edição, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) concedeu o Prêmio Honorário ao subprocurador-geral da República aposentado Aristides Junqueira.
Antes de entregar a estatueta, o presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, o classificou como o “procurador-geral da República de sempre” ao relembrar a trajetória de Aristides Junqueira. E exemplificou o Escândalo da Mandioca, como uma das atuações inesquecíveis.
“Ele conseguiu manter com clareza o que é ser Ministério Público. Estamos aqui não para homenagear o passado e sim o presente. A história viva que é Aristides. Estamos aqui para reafirmar a importância de Aristides na construção do MPF, na construção do MPU, na construção, enfim, de uma forma de ser e de agir como agente público”, destacou.
Emocionado, o homenageado relembrou momentos marcantes durante o tempo em que se dedicou ao MPF. E de maneira bem- humorada agradeceu à ANPR pela surpresa de ser um dos agraciados pelo Prêmio República.
“Já que é um momento de recordação vou relembrar uma frase de um ídolo meu desde os seus 17 anos na Copa do Mundo de 1958, que dizia o seguinte: Eu não quero ser homenageado depois de morto, eu quero ser homenageado em vida. E viva o Pelé”, repetiu o subprocurador-geral da República, que arrancou da plateia risos e aplausos.
Perfil do homenageado
Aristides Junqueira é natural de São João del Rei (MG). Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O início da carreira foi marcado pela atuação como promotor de Justiça do Estado de Goiás. Em 1973, tomou posse no Ministério Público Federal (MPF) como procurador da República, tendo atuado em São Paulo e no Distrito Federal. Entre 1989 e 1995, ocupou o cargo de procurador-geral da República. Atualmente, o subprocurador-geral da República aposentado dedica a vida à advocacia.