A Rede Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) venceu a categoria Responsabilidade Social do XII Prêmio República, iniciativa da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
O trabalho começou em 1992 e é pioneiro quanto à articulação comunitária e interinstitucional na Amazônia brasileira.
“A vitória da Rede de Trabalho Amazônico (GTA) representa um marco significativo. Essa conquista é o resultado de uma construção coletiva, fruto do incansável trabalho de movimentos sociais amazônicos, que lutam pela garantia dos direitos dos povos da floresta e pela proteção da natureza. A participação no Prêmio deu visibilidade às diversas experiências e ações desenvolvidas pelas organizações, grupos e comunidades que compõem a rede, destacando a forte atuação de ribeirinhos, extrativistas, povos e comunidades tradicionais, pescadores, mulheres e juventudes”, comemorou a coordenadora do projeto, Sila Mesquita.
A categoria Responsabilidade Social contou com algumas particularidades. Não houve inscrição de projetos.
Uma Comissão, indicada pela diretoria da ANPR, formada por Ana Paula Freitas (cofundadora do Instituto de Defesa da População Negra), Ivaneide Bandeira Cardozo, conhecida como Neidinha Suruí (cofundadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé), e João Alves dos Reis Junior, conhecido como João Alegria (secretário-geral da Fundação Roberto Marinho), indicou os projetos que deveriam ir para votação pela Comissão Julgadora.
Outro diferencial é que os vencedores receberam premiação em dinheiro. A Rede Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) ganhou R$ 7.000 (1°) e o Movimento Associativo Indígena Payayá (MAIP) recebeu R$ 4.000. Os projetos Alma Preta e Movimento das Comunidades do Médio e Purus e Foz do Tapauá em Defesa do Território ficaram em terceiro lugar e ganharam R$ 3.000.